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Manaus quer
uma nova política.
Manaus quer uma prefeita.
Manaus quer o Novo.
Meu nome é Maria do Carmo Seffair, tenho 64 anos e sou filha de Manaus. Nasci, passei minha infância e parte da juventude na Vila Georgete, na Lauro Cavalcante, no Centro Histórico, em uma casa de dois cômodos. Naquela época, podíamos andar pelas ruas sem medo e ter uma educação de qualidade nas escolas públicas. Quem é do meu tempo sabe o quanto essa liberdade faz falta.
Sou descendente de uma família de libaneses. Meu pai, nascido no Líbano, foi criado por seus tios. Com eles, aprendeu o ofício de contador e passou a trabalhar com os comerciantes libaneses na área do Mercado Adolpho Lisboa. Desde cedo, aprendi com minha mãe a importância da educação e do trabalho como forma de crescer e ter uma vida digna.
Comecei a trabalhar muito cedo. Aos 15 anos, já era assistente de professora no Colégio Santa Dorotéia. Conheci meu marido, Wellington, aos 16 anos e nos casamos quando eu tinha 19 anos.
No início, enfrentamos muitas dificuldades. Para vocês terem uma ideia, morávamos em um quarto cedido por meus pais, que naquela época já residiam na Avenida 7 de Setembro. Lá, tive dois filhos.
